
Manhã de quarta-feira.
Dia especial, dia de catequese. Estamos em clima de espera do Menino
Jesus, alvoroçados, cheios de expectativa.
Meus anjos, meus pastores, meu Anjo Gabriel, minha Maria, meu José,
minha estrela guia, meus reis magos. São eles que fazem a minha alegria.
São eles que me recebem com aquela alegria que só eles tem. Os
cumprimentos alegres, os beijos, os abraços. Todos falando ao mesmo
tempo, cada um mais alto do que o outro, querendo contar a sua novidade
primeiro. É... é dia de catequese.
Quero saber de todos. Onde estiveram que não vieram à missa do domingo?
Vítor, que foi que aconteceu que não veio ao último encontro? Luiz
Henrique, e você?
- Meu cachorro morreu, Tia. – Oh! – dizem todos – Como?
- Não sei, ficou doente, levamos ao veterinário, mas não adiantou, era
vírus daquele que mata!
- Vamos pedir a Deus que te traga de novo um cachorrinho tão amigo
quanto ele. Vamos Luiz Henrique, anime-se, o Anjo Gabriel precisa fazer a
anunciação!
Estão todos ali para o ensaio? Não? Onde está o Léo? E o Mateus? Peraí,
peraí... Vamos ligar para eles.
- Mãe, cadê o Léo? Tá dormindo? Acorda ele e manda vir pra catequese.
Tá, eu espero.
- Mãe, e o Mateus, porque não veio? Ficou sozinho em casa e deve ter
perdido a hora? Liga lá e diz que estamos esperando.
Vamos fazer amigo secreto na festinha, semana que vêm? Vocês querem?
Sim.
- Tia, o Gustavo pegou ele mesmo!
- Gustavo, seu malandro, não pode pegar o próprio nome e ficar
quietinho! Vem, vamos trocar.
- Mas, Tia, assim eu compro um presente pra mim mesmo!
Ensaio no salão. Correria, alvoroço, alegria. Indisciplina. Meu Anjo
Gabriel não pára quieto um minuto. José? Cadê o José? O Léo já chegou?
Meninas, meninas, porque anjos tão tagarelas? Não, não tem burro! È de
faz de conta. Tia, cadê Jesus? Vai chegar... vai chegar...
Assim, está formado o presépio. E sabem quem são aqueles lá? Aqueles que
estão aos pés de Jesus? Somos nós, que trazemos a alegria em ter Jesus
conosco. Como nossos olhos brilham ao ver o menino Deus! Como é bom
saber que ele veio nos trazer a salvação. Somos nós ajoelhados diante do
grande milagre de Deus em nossas vidas, o milagre da salvação. O
milagre da alegria que só as crianças sabem trazer para os nossos
corações.
Fim do ensaio. Oração pedindo ao Anjo da Guarda que nos cuide nesta
semana. Despedida.
Assim são os dias de catequese. Tão esperados e tão breves. Sinto aquele
cansaço gostoso. Aquela sensação de missão cumprida. Aquela dorzinha no
peito por saber que o ano está acabando. Talvez nem todos os meus
queridinhos fiquem comigo no ano que vêm. A Malu vai embora, a mãe já me
avisou. Já estou com saudade.
Ah! Minha amiga Cris tem razão: o tempo passa depressa demais quando a
gente ama a Catequese.
Ângela Rocha
angprr@uol.com.br
19/NOV/08
Manhã de quarta-feira. Dia
especial, dia de catequese. Estamos em clima de espera do Menino Jesus,
alvoroçados, cheios de expectativa.
Meus anjos, meus pastores, meu
Anjo Gabriel, minha Maria, meu José, minha estrela guia, meus reis magos. São
eles que fazem a minha alegria. São eles que me recebem com aquela alegria que
só eles tem. Os cumprimentos alegres, os beijos, os abraços. Todos falando ao
mesmo tempo, cada um mais alto do que o outro, querendo contar a sua novidade
primeiro. É... é dia de catequese.
Quero saber de todos. Onde
estiveram que não vieram à missa do domingo? Vítor, que foi que aconteceu que
não veio ao último encontro? Luiz Henrique, e você?
- Meu cachorro morreu, Tia. – Oh! – dizem
todos – Como?
- Não sei, ficou doente, levamos
ao veterinário, mas não adiantou, era vírus daquele que mata! –
Vamos pedir a Deus que te traga de
novo um cachorrinho tão amigo quanto ele. Vamos Luiz Henrique, anime-se, o Anjo
Gabriel precisa fazer a anunciação!
Estão todos ali para o ensaio?
Não? Onde está o Léo? E o Mateus?
Peraí, peraí... Vamos ligar para eles.
- Mãe, cadê o Léo? Tá dormindo?
Acorda ele e manda vir pra catequese. Tá, eu espero.
- Mãe, e o Mateus, porque não
veio? Ficou sozinho em casa e deve ter perdido a hora? Liga lá e diz que
estamos esperando.
Vamos fazer amigo secreto na
festinha, semana que vêm? Vocês querem? Sim.
- Tia, o Gustavo pegou ele mesmo!
- Gustavo, seu malandro, não pode pegar o próprio nome e ficar quietinho! Vem,
vamos trocar.
- Mas, Tia, assim eu compro um
presente pra mim mesmo!
Ensaio no salão. Correria,
alvoroço, alegria. Indisciplina. Meu Anjo Gabriel não pára quieto um minuto.
José? Cadê o José? O Léo já chegou? Meninas, meninas, porque anjos tão
tagarelas? Não, não tem burro! È de faz de conta. Tia, cadê Jesus? Vai
chegar... vai chegar...
Assim são os dias de catequese.
Tão esperados e tão breves. Sinto aquele cansaço gostoso. Aquela sensação de
missão cumprida. Aquela dorzinha no peito por saber que o ano está acabando.
Talvez nem todos os meus queridinhos fiquem comigo no ano que vêm. A Malu vai
embora, a mãe já me avisou. Já estou com saudade.
Ah! Minha amiga Cris tem razão: o
tempo passa depressa demais quando a gente ama a Catequese.
Ângela Rocha
Catequista